quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Gerativismo de Chomsky- A gramática internalizada que todos os seres humanos têm


Noam Avram Chomsky é o criador do gerativismo. Sua teoria passou a ser conhecida a partir da publicação de Syntatic Structures e desde então é um líder no que se diz respeito à linguagem humana impondo perspectivas com alto poder de convencimento. O gerativismo se propõe a explicar os fatos lingüísticos e usa as intuições para julgar a sentença.

Segundo ele, a mente deve ser estudada assim como se estuda o corpo humano; cada parte do cérebro tem sua função, portanto, existe uma parte que é responsável pela linguagem. Da mesma maneira como crescimento e as fases de desenvolvimento do corpo humano são determinadas geneticamente, algumas faculdades mentais da mente, como compreensão matemática, habilidade de identificar traços da personalidade dos indivíduos a partir de breves contatos, a habilidade de criar formas artísticas, também são determinadas geneticamente.

Chomsky fez pesquisas silogísticas, ou seja, pelo método dedutivo lançando as idéias para depois comprová-las na realidade. Considerando um dos princípios de que a linguagem deriva de um fator genético pode-se dizer que toda pessoa possui uma intuição gramatical. Uma criança compreende e é capaz de emitir muitas frases inéditas. A linguagem não é adquirida por fatores externos, a mente sustenta a dedução.

A gramática gerativista retrata o conhecimento mentalizado que os falantes possuem da língua que é a competência lingüística. Esse conhecimento mesmo que não seja usado está guardado no cérebro. O uso que cada indivíduo faz desse conhecimento no dia-a-dia é chamado de desempenho mas não recebe muita importância do gerativismo.
Chomsky estabeleceu dois tipos de gramáticas dentro do gerativismo. Uma delas é a Gramática Universal (GU) que está presente em todas as línguas e remete-se ao estado zero da mente e é comum a qualquer pessoa. As propriedades semântica, sintática e fonológica são integrantes da gramática universal; um exemplo dessas propriedades são os elementos anafóricos: João mora em Curitiba. Ele veio para cá em 1999. Esses elementos se relacionam com elementos da outra fase. A outra é a Gramática Particular (GP) que se utiliza da gramática universal e também das características próprias de cada língua. Os elementos da língua fazem parte da GU, já a forma e ordem de como esses elementos são organizados

quinta-feira, 26 de março de 2009

MONOGRAFIAS E TESES

COMO ELABORAR UMA MONOGRAFIA

A primeira monografia foi publicada em 1855 (embora já viesse empregando o método desde 1830), por Le Play (1806-1882), Les Ouvriers eurpéens. O autor descreve com minúncias o gênero de vida dos operários e o orçamento de uma família-padrão daquela classe.
A origem histórica da palavra MONOGRAFIA vem da especificação, ou seja a redução da abordagem a um só assunto, a um só problema. Seu sentido etimológico significa: mónos (um só) e graphein (escrever): dissertação a respeito de um assunto único.
Ela tem dois sentidos: O estrito, que se identifica com a tese: tratamento escrito de um tema específico que resulte de pesquisa científica com o escopo de apresentar uma contribuição relevante ou original e pessoal à ciência. E o Lato, que identifica com todo trabalho científico de primeira mão, que resulte de pesquisa: dissertações científicas, de mestrado, memórias científicas, as antigas exercitações e tesinas, os college papers das universidades americanas, os informes científicos ou técnicos e obviamente a própria monografia no sentido acadêmico, ou seja o tratamento escrito aprofundado de um só assunto, de maneira descritiva e analítica, onde a reflexão é a tônica (está entre o ensaio e a tese e nem sempre se origina de outro tipo de pesquisa que não seja a bibliografia e a de documentação).

Antes da elaboração da monografia de conclusão do curso de graduação, pós-graduação, etc..., o aluno deve desenvolver um "projeto de monografia", e para tal deve ter em mente um "assunto" que deseja dissertar assim como um acompanhante, um professor/orientador, que aceitará as responsabilidades e atribuições descritas nas normas para elaboração de monografias da Escola.
O Aluno na busca da elaboração de sua monografia passará por algumas fases: escolha do assunto, pesquisa bibliográfica, documentação, crítica, construção, redação.
A escolha do "assunto" é o ponto de partida da investigação e consequentemente da própria monografia, é o objeto de pesquisa. É preciso escolhê-lo com acerto. Deve ser um tema selecionado dentro das matérias que mais lhe interessam durante o curso e que atendam às suas inclinações e possibilidades. É um início de uma realização profissional. De qualquer maneira, só se pode esperar êxito quando o assunto é escolhido ou marcado de acordo com as tendências e aptidões do aluno.
A escolha do assunto segue naturalmente, dentro do processo de elaboração da monografia, a fase de pesquisa bibliográfica. O aluno deverá, junto ao seu orientador buscar a bibliografia que possa ser consultada (livros, revistas, artigos, trabalhos científicos, etc..) para a elaboração de seu projeto de Monografia e consequentemente a Monografia.
A documentação é a parte mais importante da dissertação, consiste em coligir o material que nos vai fornecer a solução do problema estudado. Unir toda a bibliografia encontrada e elaborar a informação ao trabalho da pesquisa (poderá ser feito através de fichas).
A crítica é um juízo de valor sobre determinado material científico. Pode ser externa e interna. Externa é a que se faz sobre o significado, a importância e o valor histórico de um documento, considerado em si mesmo e em função do trabalho que está sendo elaborado. Abrange a crítica do texto (saber se o texto não sofreu alterações com o tempo, por exemplo), a da autenticidade (autor, data, e circunstâncias de composição de um escrito) e a da proveniência do documento (origem da obra);
Após o longo trabalho de documentação e crítica, o pesquisador terá diante de si, no mínimo, tríplice fichário de documentação (fontes, bibliográfica e críticas pessoais). Ele irá construir a partir desses dados, a Introdução, o Desenvolvimento e a Conclusão de sua monografia.
A monografia é um trabalho escrito. Desde a fase de sua construção, o trabalho monográfico vem sendo redigido. É uma das operações mais delicadas e difíceis para o pesquisador por ter que atentar para normas de documentação, requisitos de comunicação, de lógica e até de estilo. Existem, devido a ansiedade, uma resistência do pesquisador em redigir, talvez por medo de que seu trabalho não seja compreendido ou aceito pelo público. O auto Décio V. Salomão sugere recursos pra facilitar a tarefa de redigir:

a) Redacão Provisória: fazer primeiramente um esboço, rascunho, planejamento, a maquete;
b) Redação Definitiva: Consta das 3 partes da construção da monografia- Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.
c) Estrutura Material da Monografia: a monografia deve agradar ao público e também o serviço de documentação (obedecer as normas técnicas elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas) * ver abaixo
d) Linguagem Científica: existe a tendência em se descuidar da linguagem quando se redige um trabalho científico.

São necessários:
1)Correção gramatical;
2)Exposição clara, concisa, objetiva, condizente com a redação científica;
3)Cuidado em se evitar períodos extensos;
4)Preocupação em se redigir com simplicidade, evitando o colóquio excessivamente familiar e vulgar, a ironia causticante, os recursos retóricos;
5)Linguagem direta;
6)Precisão e rigor com o vocabulário técnico, sem cair no hermetismo.

Projeto de Monografia:
Folha de rosto com dados gerais de identificação;
Tempo de Compromisso do orientador;
Capítulo introdutório com a caracterização clara do problema a ser investigado, objetivos claramente definidos, delimitação do estudo e definição de termos, além de uma revisão preliminar da literatura;
Detalhamento da metodologia a ser utilizada;
Cronograma;
Lista de referências

quarta-feira, 11 de março de 2009

DICA SOBRE RASUMO

Trata-se de um processo de extração de idéias de um determinado texto ou de
uma determinada obra literária. Não se trata de redução do conteúdo do texto e
sim de uma sintetização das idéias usando o vocabulário de estudante.
O ato de resumir textos objetiva instrumentalizá-lo a fim de que você possa, ao ler, apreender aquilo que realmente é essencial. Ao resumir o texto, você vai expor, em poucas palavras, o que o autor expressou de uma forma mais longa.
Assim, deve saber discernir do secundário e relacionar as idéias entre si, de uma forma sintética.
Aprendendo a resumir, você terá mais facilidade em estudar as diferentes disciplinas, uma vez que saber á encontrar num texto as idéias mais relevantes.
Por isso esqueça aquela maneira fiticia que lhe foi repassada acerca de resumo.

DICA IMPORTANTE


PARA RESUMIR UM DETERMINADO TEXTO DEVE-SE LÊ-LO VÁRIAS VEZES, ASSIM SE LOCALIZAR-SE-Á AS IDÉIAS CENTRAIS.

terça-feira, 3 de março de 2009

– COESÃO TEXTUAL E MECANISMOS

O fenômeno da coesão tem sido objeto de estudo por várias lingüistas, objetivando desvendar a função dos elementos lingüísticos dentro do texto.

Halliday e Hasan(apud Koch, 1996, p.17), definem coesão textual como “um conceito semântico que se refere às relações de sentido existentes no interior do texto e o que definem como um texto”.

Nesse sentido,percebe-se que a coesão pode estabelecer uma relação de sentido no texto, posto que forma um elo coesivo, com o que está dentro do texto (endofórico) e para fora do texto (exofórico).

Beaugrande, e Dressler (apud Koch, 1996 p.18), por seu turno, defendem a coesão em conformidade com os componentes da superfície textual – isto é, “as palavras e frases que compõem um texto encontram-se conectadas entre numa seqüência linear por meio de dependência de ordem gramatical”.Assim, pode-se dizer que a coesão tem a função de ligar cadeias coesivas formando uma dependência entre tais elementos numa sucessão linear, responsável desta forma, por um fator fundamental, a textualidade.

Desse modo, pode se inferir que a coesão, para ser alcançada necessita da união de elementos que funcionem como “veículos” de sustentação para o seu funcionamento na superfície do texto.

Marcuschi (apud Koch, 1996, p.18) define os elementos de coesão como “aqueles que dão conta da estruturação da seqüência do texto”, afirmando que não se trata de princípios meramente sintáticos, mas de “uma espécie de semântica de sintaxe textual”, isto é, dos mecanismos formais de uma língua que permitem estabelecer, entre os elementos lingüísticos do texto, relação de sentido.

Tal premissa, se opõe a opinião de Halliday e Hasan que argumentam que a “coesão” é uma condição necessária, embora não suficiente para criação textual, Marcuschi (1996) explica que existem textos sem auxílio de elementos coesivos, mas, o sentido se dá ao nível contextual,como também, há texto auxiliados de mecanismos de coesão, com discursos isolados, sem condições necessárias para formação textual

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A viagem fantástica da leitura

Consta-se que a leitura é um universo fantástico cheio de emoções, em que o leitor passa fazer parte desse mundo encantado e maravilhoso que o cerca. Dando assim a oportunidade para este se envolver em leitura desde cedo, tendo sempre o cuidado de despertar no aprendiz o gosto e o prazer para compreender o que está escrito.
Para melhor compreensão, enfatiza-se o falar de Belink ( apud Revista Nova Escola 2008, p. 19 ), “ a fantasia é tudo. Sempre digo aos pequenos que o livro é um objeto muito maior por dentro do que por fora”.
Percebe-se que se deve levar a criança para esse outro lado da imaginação a fim de que busque uma aprendizagem gratificante e satisfatória para
De acordo com Martins ( 1994, p.37-81 ) “ Muitas vezes descobrimos gravados em nossa memória cenas e situações encontradas durante a leitura de um romance, de um filme, de uma canção.
Nota – se que nossa mente memorizou um fato importante que chamou atenção, com certeza algo de bom ou ruim, que uma leitura pode nos levar como ponto de referência a nossa vida.
Uma outra importância da viagem da leitura, Martins ( 1994, p. 37-81), explica que “ Com o correr do tempo, preferências de leitura surgem, mas permanece a ligação inicial, a ponto da mera visão de um filme [...]”.
Nesse sentido, o leitor se deixa envolver sua infância relembrando os textos que mais deixaram recordações, e também preferências a outros tipos de leitura, mas não deixando de lado suas lembranças de textos que retratam os sonhos de uma leitura prazerosa.
Kato (Apud Zilbermar e Silva, 2005, p.34), por sua vez explica que “Somente quando a estória emerge como uma ficção que a criança começa a jornada na exploração do mundo[...]”.
Desse modo, a criança começa a criar situações de como seria esse mundo de ficção para interagir com leituras que leve a ter alternativas de uma aprendizagem de bons resultados e proveitos satisfatórios.
Cerqueira (2006), em seu depoimento, diz que “leitura no seu sentido geral amplia nossos horizontes e nos transporta ao mundo da imaginação, sem contar os conhecimentos mil que acabamos adquirindo quando mergulhamos em universo desconhecido”.

Dessa forma, podes-se perceber que o desenvolvimento da leitura é de fundamental importância para fazer o leitor viajar dentro dos textos, pois desta maneira, conseguirá enriquecer seus conhecimentos e com isto, ter mais incentivo em apreciar o que ler.
Neste sentido Araújo (2008, p.06) explica que “quem lê, viaja em um mundo encantado, repleto de sonhos e fantasias, e isso sim, deve deixar por conta de um iniciante da leitura, principalmente as crianças que estão em fase de amadurecimento mental”.

Cada texto deve ser posto ao aluno de acordo com sua realidade ou até mesmo a faixa etária, pois não se deve expor para um leitor iniciante da leitura que requer um trabalho de treinamento, um texto com um vocabulário bem diferenciado daquilo que ele tem hábito de ouvir ou registrar em seu cotidiano, pois só desta maneira, haverá um esforço bem maior por parte do discente no âmbito da leitura.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

RESUMO INFORMATIVO

Este é tipo de resumo que informa o leitor sobre outras características do texto. Se o texto é o relatório de uma pesquisa, por exemplo, um resumo informativo não diz apenas do que trata a pesquisa (como seria o resumo indicativo), mas informa as finalidades da pesquisa, a metodologia utilizada e os resultados atingidos. Um bom exemplo disto são os resumos de trabalhos científicos publicados nos anais de congressos. A principal utilidade dos resumos informativos no campo científico é auxiliar o pesquisador em suas pesquisas bibliográficas. Imagine-se procurando textos sobre seu tema de pesquisa. Quais você deve realmente ler? Para saber isso, procure um resumo informativo de cada texto.
DICA IMPORTANTE
Para definir o tipo de pesquisa por exemplo, você precisa escolher o tema que vai trabalhar.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

REQUISITOS BÁSICOS PARA UM RESENHISTA ou CRÍTICO

Em Metodologia Científica, o resenhista ou crítico é um cientista do conhecimento; não é um palpiteiro, opinador. Tradicionalmente, são pré-requisitos para um resenhista ou crítico:
a) profundo conhecimento da obra que se pretende resenhar ou criticar (uma, duas ou dez leituras minuciosas da obra sob análise, às vezes, são francamente insuficientes);
b) profundo conhecimento do tema a que se refere a obra sob atenção (o tema ou assunto da obra deve ser conhecido, sob todos ou o máximo de pontos de vista e escolas de pensamento possíveis);
c) competência da matéria sobre a qual se sustenta a obra;
d) capacidade para formar, reconhecer, identificar conceitos de valor;
e) maturidade para exercer a atividade (essa maturidade tanto é emocional quanto intelectual e profissional);
f) correção e urbanidade (a correção envolve, inclusive conhecimento da língua materna ou de outras línguas que facilitem conversar e escrever; urbanidade opõe-se à agressividade, inclusive verbal ou escrita);
g) fidelidade ao pensamento do autor (resenhista ou crítico não emite juízo de valor sobre a obra; o que interessa é o pensamento do autor e não o pensamento do resenhista ou crítico);
h) humildade (significa saber o que se sabe e saber o que não se sabe).