quinta-feira, 26 de março de 2009

MONOGRAFIAS E TESES

COMO ELABORAR UMA MONOGRAFIA

A primeira monografia foi publicada em 1855 (embora já viesse empregando o método desde 1830), por Le Play (1806-1882), Les Ouvriers eurpéens. O autor descreve com minúncias o gênero de vida dos operários e o orçamento de uma família-padrão daquela classe.
A origem histórica da palavra MONOGRAFIA vem da especificação, ou seja a redução da abordagem a um só assunto, a um só problema. Seu sentido etimológico significa: mónos (um só) e graphein (escrever): dissertação a respeito de um assunto único.
Ela tem dois sentidos: O estrito, que se identifica com a tese: tratamento escrito de um tema específico que resulte de pesquisa científica com o escopo de apresentar uma contribuição relevante ou original e pessoal à ciência. E o Lato, que identifica com todo trabalho científico de primeira mão, que resulte de pesquisa: dissertações científicas, de mestrado, memórias científicas, as antigas exercitações e tesinas, os college papers das universidades americanas, os informes científicos ou técnicos e obviamente a própria monografia no sentido acadêmico, ou seja o tratamento escrito aprofundado de um só assunto, de maneira descritiva e analítica, onde a reflexão é a tônica (está entre o ensaio e a tese e nem sempre se origina de outro tipo de pesquisa que não seja a bibliografia e a de documentação).

Antes da elaboração da monografia de conclusão do curso de graduação, pós-graduação, etc..., o aluno deve desenvolver um "projeto de monografia", e para tal deve ter em mente um "assunto" que deseja dissertar assim como um acompanhante, um professor/orientador, que aceitará as responsabilidades e atribuições descritas nas normas para elaboração de monografias da Escola.
O Aluno na busca da elaboração de sua monografia passará por algumas fases: escolha do assunto, pesquisa bibliográfica, documentação, crítica, construção, redação.
A escolha do "assunto" é o ponto de partida da investigação e consequentemente da própria monografia, é o objeto de pesquisa. É preciso escolhê-lo com acerto. Deve ser um tema selecionado dentro das matérias que mais lhe interessam durante o curso e que atendam às suas inclinações e possibilidades. É um início de uma realização profissional. De qualquer maneira, só se pode esperar êxito quando o assunto é escolhido ou marcado de acordo com as tendências e aptidões do aluno.
A escolha do assunto segue naturalmente, dentro do processo de elaboração da monografia, a fase de pesquisa bibliográfica. O aluno deverá, junto ao seu orientador buscar a bibliografia que possa ser consultada (livros, revistas, artigos, trabalhos científicos, etc..) para a elaboração de seu projeto de Monografia e consequentemente a Monografia.
A documentação é a parte mais importante da dissertação, consiste em coligir o material que nos vai fornecer a solução do problema estudado. Unir toda a bibliografia encontrada e elaborar a informação ao trabalho da pesquisa (poderá ser feito através de fichas).
A crítica é um juízo de valor sobre determinado material científico. Pode ser externa e interna. Externa é a que se faz sobre o significado, a importância e o valor histórico de um documento, considerado em si mesmo e em função do trabalho que está sendo elaborado. Abrange a crítica do texto (saber se o texto não sofreu alterações com o tempo, por exemplo), a da autenticidade (autor, data, e circunstâncias de composição de um escrito) e a da proveniência do documento (origem da obra);
Após o longo trabalho de documentação e crítica, o pesquisador terá diante de si, no mínimo, tríplice fichário de documentação (fontes, bibliográfica e críticas pessoais). Ele irá construir a partir desses dados, a Introdução, o Desenvolvimento e a Conclusão de sua monografia.
A monografia é um trabalho escrito. Desde a fase de sua construção, o trabalho monográfico vem sendo redigido. É uma das operações mais delicadas e difíceis para o pesquisador por ter que atentar para normas de documentação, requisitos de comunicação, de lógica e até de estilo. Existem, devido a ansiedade, uma resistência do pesquisador em redigir, talvez por medo de que seu trabalho não seja compreendido ou aceito pelo público. O auto Décio V. Salomão sugere recursos pra facilitar a tarefa de redigir:

a) Redacão Provisória: fazer primeiramente um esboço, rascunho, planejamento, a maquete;
b) Redação Definitiva: Consta das 3 partes da construção da monografia- Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.
c) Estrutura Material da Monografia: a monografia deve agradar ao público e também o serviço de documentação (obedecer as normas técnicas elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas) * ver abaixo
d) Linguagem Científica: existe a tendência em se descuidar da linguagem quando se redige um trabalho científico.

São necessários:
1)Correção gramatical;
2)Exposição clara, concisa, objetiva, condizente com a redação científica;
3)Cuidado em se evitar períodos extensos;
4)Preocupação em se redigir com simplicidade, evitando o colóquio excessivamente familiar e vulgar, a ironia causticante, os recursos retóricos;
5)Linguagem direta;
6)Precisão e rigor com o vocabulário técnico, sem cair no hermetismo.

Projeto de Monografia:
Folha de rosto com dados gerais de identificação;
Tempo de Compromisso do orientador;
Capítulo introdutório com a caracterização clara do problema a ser investigado, objetivos claramente definidos, delimitação do estudo e definição de termos, além de uma revisão preliminar da literatura;
Detalhamento da metodologia a ser utilizada;
Cronograma;
Lista de referências

quarta-feira, 11 de março de 2009

DICA SOBRE RASUMO

Trata-se de um processo de extração de idéias de um determinado texto ou de
uma determinada obra literária. Não se trata de redução do conteúdo do texto e
sim de uma sintetização das idéias usando o vocabulário de estudante.
O ato de resumir textos objetiva instrumentalizá-lo a fim de que você possa, ao ler, apreender aquilo que realmente é essencial. Ao resumir o texto, você vai expor, em poucas palavras, o que o autor expressou de uma forma mais longa.
Assim, deve saber discernir do secundário e relacionar as idéias entre si, de uma forma sintética.
Aprendendo a resumir, você terá mais facilidade em estudar as diferentes disciplinas, uma vez que saber á encontrar num texto as idéias mais relevantes.
Por isso esqueça aquela maneira fiticia que lhe foi repassada acerca de resumo.

DICA IMPORTANTE


PARA RESUMIR UM DETERMINADO TEXTO DEVE-SE LÊ-LO VÁRIAS VEZES, ASSIM SE LOCALIZAR-SE-Á AS IDÉIAS CENTRAIS.

terça-feira, 3 de março de 2009

– COESÃO TEXTUAL E MECANISMOS

O fenômeno da coesão tem sido objeto de estudo por várias lingüistas, objetivando desvendar a função dos elementos lingüísticos dentro do texto.

Halliday e Hasan(apud Koch, 1996, p.17), definem coesão textual como “um conceito semântico que se refere às relações de sentido existentes no interior do texto e o que definem como um texto”.

Nesse sentido,percebe-se que a coesão pode estabelecer uma relação de sentido no texto, posto que forma um elo coesivo, com o que está dentro do texto (endofórico) e para fora do texto (exofórico).

Beaugrande, e Dressler (apud Koch, 1996 p.18), por seu turno, defendem a coesão em conformidade com os componentes da superfície textual – isto é, “as palavras e frases que compõem um texto encontram-se conectadas entre numa seqüência linear por meio de dependência de ordem gramatical”.Assim, pode-se dizer que a coesão tem a função de ligar cadeias coesivas formando uma dependência entre tais elementos numa sucessão linear, responsável desta forma, por um fator fundamental, a textualidade.

Desse modo, pode se inferir que a coesão, para ser alcançada necessita da união de elementos que funcionem como “veículos” de sustentação para o seu funcionamento na superfície do texto.

Marcuschi (apud Koch, 1996, p.18) define os elementos de coesão como “aqueles que dão conta da estruturação da seqüência do texto”, afirmando que não se trata de princípios meramente sintáticos, mas de “uma espécie de semântica de sintaxe textual”, isto é, dos mecanismos formais de uma língua que permitem estabelecer, entre os elementos lingüísticos do texto, relação de sentido.

Tal premissa, se opõe a opinião de Halliday e Hasan que argumentam que a “coesão” é uma condição necessária, embora não suficiente para criação textual, Marcuschi (1996) explica que existem textos sem auxílio de elementos coesivos, mas, o sentido se dá ao nível contextual,como também, há texto auxiliados de mecanismos de coesão, com discursos isolados, sem condições necessárias para formação textual